segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

(Perfil) Francisco Castelo: um fotógrafo do Sul


Uma palavra. Uma imagem. Uma câmara. É assim que Francisco Lopes, fotógrafo formado em História, encara o mundo à sua volta. Exalta o poder da comunicação, numa viagem que funde o poder da palavra com o da imagem. Um percurso acidentalmente fortuito, onde a busca do belo termina ao encontro das pessoas. Pessoas grandes, pequenas, velhas ou novas, que se tornam imortalizadas com apenas o som de um clique. Para este algarvio, “é esse o verdadeiro poder da fotografia”. Uma paixão que irá permanecer consigo até não conseguir mais mexer-se.


O seu trabalho passa por fazer reportagens para a Câmara Municipal de Lagos, a chamada foto reportagem institucional, ao serviço da informação municipal e o consequente trabalho de edição fotográfica. Considera essencial editar as fotografias que tira. “Ainda hoje se impõe a edição fotográfica. Não se trata propriamente de manipular, no sentido de alterar, mas sim no sentido de corrigir”. Continua a explicar porquê. “É preciso ver que na foto reportagem estamos perante uma situação que é a do agir muito rapidamente, e nem sempre temos o discernimento completo, a frio, para controlar bem a parte técnica da fotografia e, por isso, impõe-se muitas vezes fazer correcções”.

Contudo, apesar de se ter apaixonado pelo mundo da imagem fotográfica, diz preferir o gosto da escritura e da leitura ao das artes visuais e da representação das imagens. Formado em história, o seu trabalho passa muitas vezes pela recolha de alguns aspectos, de alguns dados que tenham a ver com os acontecimentos. “Aí, digamos que a estrutura se aproveita e explora o facto de a minha formação ser na área da história, e portanto, tenho de preencher todo o registo que tenha a ver com todo o património histórico e/ou cultural.”. Para ele, fundir a informação gráfica com a informação teórica é fundamental, principalmente no serviço de recuperação de dados.

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